segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

ESTRIAS » INESTÉTICAS CICATRIZES DÉRMICAS

Laura Regina Portela
As estrias são cicatrizes cutâneas da pele, relacionadas com pequenas fracturas causadas à derme, por fenómenos de distensão. Estas pequenas rupturas são lesões irreversíveis que formam cicatrizes dérmicas bem visíveis!
Sobre as estrias, o Dr. Miguel Trincheiras, dermatologista, esclarece que «todas as pessoas as sabem reconhecer clinicamente. Numa fase em que essa ruptura é recente, apresentam uma tonalidade avermelhada, devido à existência de muitos vasos sanguíneos, em que há um tecido de cicatrização activo. Progressivamente, com o tempo e com a deposição de uma série de material cicatricial, nomeadamente o colagénio, adquirem um tom esbranquiçado, nacarado, que é o aspecto típico das estrias estabilizadas».
De acordo com o médico, «as estrias surgem por distensão dos tecidos e é nas alturas em que a morfologia cutânea muda de uma forma relativamente rápida que são mais susceptíveis de aparecer: na adolescência, quando há o crescimento dito “pulo”, quando há aumentos de massa gorda ou massas musculares (engordar//emagrecer, musculação), ou seja, quando há processos de variação de volume relativamente rápidos. E por ocasião da gravidez, em que forçosamente há um aumento nítido do tamanho do abdómen, do peito e do plano adiposo em geral».
Miguel Trincheiras explica que o aparecimento das estrias «ocorre, tipicamente, na região glútea (nádegas) e nas ancas, já que são zonas de grande concentração de tecido adiposo. Por questões genéticas e hormonais, a mulher é mais atreita, se bem que as estrias aparecem igualmente no homem e com bastante frequência».


A hidratação é essencial
«De entre as causas de desenvolvimento das estrias, é importante focar o papel dos corticosteróides como a principal causa de aparecimento, provocada por uma acção exterior. As estrias surgem pela aplicação local, sobretudo em regiões de pele fina, de medicamentos conhecidos como corticosteróides – anti-inflamatórios muito potentes, derivados da cortisona – e cuja aplicação prolongada conduz, ao fim de algum tempo, leva à atrofia cutânea e à formação de estrias locais, as estrias cortisónicas», salienta o especialista, acrescentando:
«Um cuidado importante, na óptica da prevenção, é a hidratação cutânea, que de alguma forma condiciona a elasticidade da pele e a sua capacidade de sofrer distensões sem haver ruptura dos tecidos. A hidratação é, na realidade, um dos factores de prevenção para evitar o aparecimento de estrias.»
No tratamento das estrias, o médico afirma que, «uma vez desenvolvidas, a sua abordagem é mais difícil. No entanto, existem meios de, senão tratá-las completamente, pelo menos, melhorar o seu aspecto cosmético. Numa fase em que a estria é recente e tem uma tonalidade avermelhada, a melhor forma de a abordar é tentar remover-lhe essa componente vascular. O tratamento consiste na coagulação dos vasos por um laser específico designado de PDL (laser pulsado de contraste)».
O especialista salienta, ainda, que «há moléculas, nomeadamente os retinóides (derivados da vitamina A ácida), que têm a capacidade de estimular as células da derme na produção de novos elementos – fibras elásticas, colagénio e todas as substâncias fundamentais para a retenção de moléculas de água no seu seio –, que melhoram a elasticidade e a capacidade de hidratação da derme, sendo importantes para a melhoria cosmética dessas estrias».
Na fase das estrias nacaradas, o dermatologista considera que «o problema é mais complicado de resolver, já que são lesões estabilizadas, cicatrizes da derme. Há um componente fibroso importante e alguma atrofia da epiderme. Também a melhor abordagem é, nesse momento, a aplicação dos retinóides tópicos conjugados, ou não, com outras moléculas que permitem uma maior penetração desses princípios activos: os ácidos alfa-hidroxi que têm igualmente poder de estimulação dérmica».
Face a outras técnicas de tratamento mais agressivas, Miguel Trincheiras informa que «existem protocolos variados – resurfacing’s por laser ou técnicas de peeling químico – com várias substâncias, entre as quais a mais utilizada é o ácido tricloroacético (TCA). Estes últimos estão habitualmente englobados em protocolos com abrasão cutânea prévia (mecânica ou laser), seguida da aplicação de ácidos e pensos oclusivos durante algum tempo. São procedimentos relativamente agressivos que requerem motivação do doente, pois induzem a períodos de convalescença variáveis, pelos cuidados diários necessitados e pelo incómodo de vários dias que causam».
«É um tratamento que, independentemente do custo monetário, tem um custo físico para a própria pessoa, e que terá de estar disposta a suportá-lo. Estas técnicas devem ser executadas em várias sessões, espaçadas por várias semanas ou meses, para uma melhoria gradual do aspecto cosmético da estria», sublinha o nosso interlocutor.

Relativamente à visibilidade dos resultados, o médico esclarece:
«De uma forma geral, quanto mais agressiva é a técnica mais rápidos são os resultados observados na estria, sendo que a aplicação simples de medicação tópica (cremes) tem resultados limitados e muito progressivos, parcialmente visíveis apenas a médio/longo prazo.
Porém, tudo o que for feito para a contenção do aumento brusco de massa corporal (gordura e músculo) e a hidratação cutânea em geral, constitui a base da prevenção do desenvolvimento destas inestéticas lesões cutâneas.»
Fonte: Medicina & Saúde®

1 comentário:

Dra. kátia Ferreira disse...

Proponho a tecnica de TSR que elimina 100% as estrias. Caso deseje, pode ir na home http://www.estheticenter.com.br e clicar em mídia onde aparecerá reportagens, inclusive as que sairam na REvista Pástica & Beleza onde fala na integra sobre o tratamento que é patenteado e cientificamente comprovado.
abraços, Dra. Kátia Ferreira