sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Linha de saúde orienta utentes sobre fármacos

A linha telefónica de saúde vai encetar um novo tipo de intervenção, prestando aconselhamento sobre a toma de medicamentos. O atendimento será assegurado por técnicos de farmácia e farmacêuticos, garantiram ontem responsáveis da empresa que, por contrato com o Ministério da Saúde + , tem a cargo a orientação dos utentes no universo do Serviço Nacional de Saúde + . Haverá aconselhamento sobre interacções medicamentosas, posologia ou efeitos secundários dos medicamentos, mas nunca serão alteradas as prescrições feitas pelos médicos. A garantia foi dada por Ramiro Martins, da empresa responsável pelo funcionamento da Linha de Saúde 24 + . Admite o mesmo gestor que técnicos de farmácia e farmacêuticos, a partir de agora juntando-se aos 317 profissionais de saúde da equipa nacional, possam indicar, entre outros produtos não sujeitos a receita médica, "complexos vitamínicos e complementos nutricionais".
A avaliação dos resultados da Linha de Saúde 24 ainda não está feita pela Direcção-Geral de Saúde no que toca ao impacto nos hospitais e outras unidades de saúde. Mas tal avaliação vai ser feita,garante Filomena Parra, sub-directora-geral da Saúde, para que se meça também eventuais impactos financeiros. Terão que ser verificados os números em 416 serviços do país. O número 808 24 24 24 arrancou a nível experimental em 24 de Abril passado, tendo passado à fase plena em meados de Maio.
Os problemas com crianças suscitaram o maior número de ligações. São 58% os contactos relacionados com cuidados pediátricos. Em termos globais, 86% das pessoas fizeram apenas uma chamada ao longo destes quase seis meses de funcionamento; 6% ligaram duas vezes e 8% pediram orientação três ou mais vezes.
De todas as chamadas acolhidas, foram encaminhados para urgência hospitalar 20% dos casos; desta fracção, 3% foram consideradas emergências e encaminhadas para o INEM + . Por outro lado, em 25% das situações as pessoas foram aconselhadas a permanecer em casa.
O atendimento nacional está a ser assegurado por uma empresa, através de um contrato no valor de 48 milhões de euros ao longo de quatro anos, dos quais já decorreram 14 meses, pois foi contado o período de instalação do sistema.

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